Em tempos de COVID 19 é muito importante reforçar junto aos nossos colaboradores a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para o exercício das atividades de coleta.
Trabalhar com resíduos, sejam eles oriundos das residências das pessoas (resíduos comuns), sejam eles oriundos de hospitais e empresas (resíduos de saúde e industriais), é uma atividade que oferece risco à saúde do colaborador. Deste modo, a utilização correta do EPI é de fundamental importância para garantir a segurança deste trabalhador no exercício de suas atividades.
Riscos do ambiente de trabalho
Em nossa atividade nossos colaboradores estão expostos a riscos físicos, químicos e biológicos.
Riscos físicos
Os riscos físicos são aqueles oriundos de objetivos perfurocortantes ou cortantes. Conforme a Resolução nº 5/93 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), são seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo em geral ou, qualquer material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.
O cidadão, que é um gerador de resíduos, possui um papel muito importante para a segurança do trabalhador de limpeza urbana. É de responsabilidade dele realizar o correto acondicionamento do resíduo, de modo a evitar acidentes que tragam danos a saúde do trabalhadores da limpeza urbana. Por isso, é importante ao separar o resíduo para a coleta, garantir o correto acondicionamento dos resíduos, especialmente perfurocortantes, que podem ferir os profissionais no momento do manuseio para o caminhão.
Riscos químicos
Os riscos químicos são aqueles que possuem sua composição substâncias químicas. Oferecem riscos tanto ao usuário (consumidor), quanto ao colaborador de limpeza urbana que fará o recolhimento do mesmo. Podem provocar no trabalhador da limpeza urbana irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Além disso, estes resíduos trazem riscos à saúde pública e não deveriam ser descartados como resíduos comuns. Infelizmente, sabemos que na prática não funciona assim.
Possuem características de inflamabilidade, toxicidade, corrosividade e reatividade. São exemplos de resíduos químicos: Pilhas, baterias, medicamentos, lâmpadas. Podem ser absorvidos pelo trabalhador tanto pela inalação quanto por via respiratória.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos referentes aos resíduos biológicos são aqueles que possuem relação com fungos, vírus e bactérias. Podem ser encontrados nos resíduos comuns, porém provém em larga escala especialmente do resíduo hospitalar ou laboratorial. Os profissionais que trabalham com este tipo de resíduo precisam ter atenção redobrada para evitar o risco de contaminação, o uso do EPI, como nos demais exemplos apresentados se faz imprescindível.
EPIs para o trabalhador de limpeza urbana
Os principais Equipamentos de Proteção Individual para os trabalhadores de limpeza urbana são as luvas e as botas de segurança. Para profissionais que trabalham com resíduos classificados com de riscos, como os químicos e biológicos, em alguns casos será necessário o uso de máscara respiratória, vestimenta de segurança e protetor auricular. Cada um destes EPIs garante a segurança e proteção à saúde do trabalhador.
Desafios para o uso do EPI
Muitos trabalhadores do setor de Limpeza Urbana apresentam resistências para o uso Equipamento de Proteção Individual, ou mesmo fazem o uso incorreto do mesmo. Treinamentos, palestras e dinâmicas de grupo são ótimas ferramentas que podem ser utilizadas pelas empresas para reforçar a importância do uso correto do EPI. Além disso, é importante que empresa faça uso de procedimentos como advertências para educar no uso do Equipamento de Proteção Individual. É uma forma de buscar garantir o seu uso, bem como proteger a saúde de seu colaborador.
Em tempos de COVID 19
Mais do que nunca faz-se necessário reforçar as ações internas em nossas empresas associadas sobre o uso e importância do Equipamento de Proteção Individual. Infelizmente, sabemos que as resistências são muitas e o mal uso é gigantesco entre os colaboradores. Mas precisamos ser criativos para vencer este desafio, buscando formas inteligentes para proteção da saúde de nossos colaboradores.
Elaborado por : Aline Fonseca ( Coordenadora do Programa PADES do Sindilurb)
Last modified: 7 de abril de 2020