A profissão de motorista vem evoluindo ao longo do tempo. Antigamente não era necessário muita escolaridade para se desenvolver nesta profissão. Porém, com os avanços tecnológicos cada vez mais esta profissão tem se tornado mais complexa, inclusive tal fato tem dificultado o recrutamento nas organizações.
A questão que complica ainda mais a situação é que os profissionais desta categoria não estão evoluindo na mesma velocidade que as tecnologias dos caminhões que manuseiam, como por exemplo, tecnologias embarcadas, ou mesmo das necessidades do próprio sistema logístico, que apresenta necessidade de interação com aplicativos, entre outros.
Como afirma Pigozzo (2018), autor do e-book “Consumo de combustível – uma questão de atitude”,
Nos dias de hoje, a profissão de motorista ou condutor exige vários conhecimentos básicos e outros com bastante profundidade. Suas atribuições passaram de uma simples função que envolvia a habilidade de dirigir, para funções complexas, que envolvem tomadas de decisões e necessidade de se fazer escolhas, o que exige mais conhecimentos, habilidades, experiência e treinamento e aperfeiçoamento constante. Portanto, é necessário que as empresas tenham uma política de seleção, gestão de competências e um documento claro sobre os requisitos mínimos para que o candidato possa exercer e desempenhar a função de motorista em sua empresa e seus critérios de seleção.
Para desempenhar bem a atividade da empresa, especialmente no segmento de limpeza urbana, é preciso definir muito bem o perfil profissional do motorista da empresa, considerando especialmente as necessidades dos clientes. Importante ressaltar que, em determinadas atividades, o motorista é a pessoa que interage diretamente com o cliente, ou seja, nossos representantes no cliente. Qualquer que seja a interação, pode causar um impacto positivo ou negativo.
Mas como mapear e preparar bem estes profissionais?
- É preciso conhecer muito bem as competências críticas que o profissional motorista deve possuir, sempre adequadas aos objetivos da empresa. Portanto, é preciso conhecer quais sã0 as habilidades e competências técnicas ou comportamentais que garantam uma prestação de serviços de qualidade e um atendimento de excelência ao cliente;
- É preciso, estabelecer uma comunicação fluída e contínua com estes profissionais. E muito importante, é preciso comunicá-los dos objetivos da empresa, sua missão, visão e valores. Gosto de dizer que missão, visão e valores não são itens que devem ocupar os crachás dos profissionais das empresas apenas para cumprir requisitos de certificações. Estes elementos geram engajamento, portanto, devem está no coração dos nossos colaboradores, como o propósito de cada um.
- É preciso muita sensatez por parte do empregador para garantir condições de trabalho dignas. São profissionais que desempenham um trabalho pesado, por vezes exaustivo e em condições precárias. Sem contar o fato que parte deles ficam muito tempo longe do aconchego e segurança psicológica do ambiente familiar. A empresa precisa zelar pela segurança física, mental e emocional deste profissionais durante o exercício de suas atividades.
- É preciso responsabilizá-los, desafiá-los, criar metas, monitorar desempenho e o engajamento com a empresa. Motivação, reconhecimento, valorização, são estratégias que podem fortalecer o engajamento.
- É preciso desenvolvê-los. Este é um processo contínuo. Costumo dizer que nunca estaremos preparados, sempre em preparação. Sempre teremos uma competência ou habilidade a aprender. Portanto, é preciso desenvolver um percurso formativo para os profissionais motoristas que contemple as competências e habilidades críticas para o exercício da função.
É muito importante refletir que profissionais engajados serão mais produtivos e responsáveis e comprometidos com o bom atendimento ao cliente.
Elaborado por: Aline Fonseca – Coordenadora do Programa PADES do SINDILURB
Last modified: 16 de novembro de 2020