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SÉRIE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL | Set. 2019 | Autoconhecimento: o primeiro componente da inteligência emocional| |

10 de outubro de 2019

Há milênios atrás o próprio oráculo de Delfos já sugeria” Conhece-te a ti mesmo”. Conhecer a si mesmo, demonstra uma profunda compreensão de si, das emoções, dos pontos fortes, dos pontos fracos, das necessidades e motivações. Como afirma Goleman (2019), “pessoas com elevado nível de autoconhecimento não são tão críticas nem otimistas em excesso, mas honestas consigo mesmas e com os outros”.

Autoconhecimento implica conhecer seus valores e metas (GOLEMAN, 2019). Quem possui elevado grau de autoconhecimento conhece muito bem os porquês de suas escolhas, ou seja, aonde vai e por quê vai.  Já o contrário, pode ser desastroso, quem possui um baixo grau de autoconhecimento pode tomar decisões capazes de provocar um caos emocional. Indivíduos com alto grau de autoconhecimento tomam suas decisões baseados em seus valores e crenças.

Como identificar o autoconhecimento?

Para Goleman (2019), o autoconhecimento se apresenta como fraqueza e capacidade de fazer autoavaliações realistas. Pessoas com elevado grau de autoconhecimento são capazes de expressar de maneira clara e aberta – embora não necessariamente em tom efusivo e confessional – suas emoções e o impacto delas no desempenho profissional.

Autoconhecimento avaliado no processo de contratação

Fazer as perguntas certas no processo de contratação pode auxiliar na identificação do nível de autoconhecimento do candidato.

Peça ao candidato para descrever uma situação onde se deixou levar pelos sentimentos ou fez algo que se arrependeu. Segundo Goleman (2019), candidatos  com autoconhecimento serão sinceros e verdadeiros e irão admitir erros e os contarão com um sorriso no rosto. Umas das características do autoconhecimento é possuir senso de humor autodepreciativo.

A autoconfiança é outra característica de pessoas que possuem alto grau de autoconhecimento. Segundo Goleman (2019), pessoas assim possuem um forte domínio de suas capacidades e são menos propensas a cometer erros, ou seja, fazerem algo além do que devem. Além disso, sabem quando pedir ajuda, assumem riscos calculados e não aceitam desafios quem não são capazes de vencer e apostam em suas qualidades.

Não confunda sinceridade com fraqueza

Atribua o devido valor ao autoconhecimento, o não o confunda com fraqueza. Muitos executivos desligam bons líderes por julgarem que “não são fortes o bastante”. Muitos confundem sinceridade com fraqueza e se equivocam ao não tratar com o devido respeito colaboradores que reconhecem abertamente seus defeitos (GOLEMAN, 2019).

Profissionais que se autoavaliam de forma honesta – isto é, que tem elevado nível de autoconhecimento – estão em condições de agir da mesma maneira nas organizações que comandam.

É de fato importante buscar para nossas organizações profissionais que possuam inteligência emocional. Isso pode trazer para a empresa maior assertividade e menos dor de cabeça, para tanto, é preciso pensar em processos capazes de identificar características que evidenciam bons índices de IE.

Indicação de leitura:

Líder de si mesmo. 


Aline Fonseca – Coordenadora do Programa PADES do Sindilurb

Fonte: HBR's 10 Must Reads: on emotional Intelligence (2015)/ 10 Leituras essenciais de Harvard Business Review (2019).

Last modified: 10 de outubro de 2019

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