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SÉRIE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL | Out. 2019 | Autocontrole: o segundo componente da inteligência emocional|

6 de novembro de 2019

Controlar as emoções nem sempre é algo fácil a se fazer, mas pode ter certeza, saber  controlá-las é um ato de inteligência emocional. Como afirma Goleman (2019), no livro HBR’s 10 Must Reads, “as emoções são estimuladas por impulsos biológicos. Não podemos ignorá-las, mas podemos administrá-las.”  Se elas podem ser geridas, existe um caminho que pode nos ajudar a obter este autocontrole, evitando situações desagradáveis.Para Goleman (2019) ,

… o autocontrole, que nada mais é que uma conversa contínua que temos com nós mesmos, é o componente da inteligência emocional que evita que nos tornemos prisioneiros de nossos sentimentos. A pessoa que pratica essa reflexão interior está sujeita a ter mau humor e impulsos emotivos como qualquer outra, mas sempre encontra  meios de se controlar e até de canalizar os sentimentos de forma mais proveitosa.

E para a liderança de uma organização, será que o autocontrole é importante?

Qualquer profissional que possui o controle de suas emoções, é racional e é capaz de criar um ambiente de confiança e imparcialidade. Como enfatiza Goleman (2019),” (…) neste ambiente, politicagem e conflitos internos são reduzidos e a produtividade cresce.”

Imagina o quão importante é para aqueles que exercem cargos de liderança conseguir manter o autocontrole? Sem sombra de dúvidas isso refletirá no comportamento da equipe, e líderes precisam estar cientes disto.

Profissionais também escolhem as organizações, e aqueles talentosos, que sabem bem o que querem, buscam organizações com líderes preparados e inteligentes emocionalmente.

(…) o autocontrole tem um efeito indireto: sabendo que o chefe é conhecido por sua calma, ninguém quer ser visto como o colega irritado. Ter poucos mal-humorados no topo da empresa significa ter poucos mal-humorados em toda a organização. (GOLEMAN, 2019)

 

Outro aspecto muito importante do autocontrole é que as pessoas que sabem lidar com seus sentimentos e impulsos sabem lidar melhor com as mudanças. Neste o ambiente corporativo da atualidade, somos pressionados o tempo todo a nos adaptar e mudar, por vezes até radicalmente, é preciso possuir autocontrole para lidar com as transformações que irão nos desafiar continuamente.

O autocontrole da liderança pode ser uma força organizacional e aumenta a integridade empresarial.

 Muitos problemas nas empresas são consequência de comportamentos impulsivos. As pessoas raramente planejam exagerar na projeção de lucros, aumentar as despesas, roubar a empresa ou cometer abuso de poder, mas, quando surge uma oportunidade, não controlam o impulso. (GOLEMAN, 2019).

São sinais de autocontrole emocional:

  • tendência à reflexão e à ponderação;
  • tranquilidade diante da ambiguidade e das mudanças e integridade.

Resumindo, possuir autocontrole é saber dizer NÃO aos impulsos!!!

O lado ruim do autocontrole

Como afirma Goleman (2019), o autocontrole não costuma receber o mérito devido. Muitas vezes, profissionais que possuem esta habilidade de controlar suas emoções são vistos como moscas-mortas e suas respostas ponderadas podem ser vistas como sinal de falta de entusiasmo.

“Profissionais impetuosos geralmente são considerados líderes clássicos – seus rompantes são vistos como marca registrada de carisma e poder. Mas, quando essas pessoas chegam ao topo, essa impulsividade trabalha contra elas. (…) exibir emoções negativas de forma ostensiva nunca foi considerado pré-requisito para ser um bom líder.

E, você líder, possui autocontrole? Sabe o quão importante ele é para o desempenho organizacional?


Aline Fonseca – Coordenadora do Programa PADES do Sindilurb

Fonte: HBR's 10 Must Reads: on emotional Intelligence (2015)/ 10 Leituras essenciais de Harvard Business Review (2019).

Last modified: 7 de novembro de 2019

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