Serviço é essencial para a saúde e profissionais estão na linha de frente
Desde o início da Campanha Nacional de Imunização, em janeiro deste ano, o Sindicato das Empresas de Coleta, Limpeza e Industrialização do Lixo de Minas Gerais – Sindilurb/MG reivindicou a inclusão dos trabalhadores do setor como público prioritário para a vacinação contra o Covid-19. Por meio de reuniões e ofícios para governador de Minas Gerais, Romeu Zema e outro ofício com mesmo objetivo foi endereçado ao presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, para reforçar o pedido. Em resposta, Romeu Zema ressaltou que considera justo o pedido.
No documento, presidente do Sindilurb, Maurício Sigaud Ferreira, salienta que o serviço não foi interrompido desde o início da pandemia, incluindo a coleta de Resíduos de Saúde. “Esses profissionais, juntamente com os profissionais da saúde, compõem a principal barreira sanitária contra essa e outras epidemias, cabendo aos mesmos, a prioridade, também, na vacinação contra o novo coronavírus”, argumenta.
No dia 26 de março último, o Sindilurb foi notificado, pelo Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios, em Empresas de Prestação de Serviços em Asseio, Conservação, Higienização, Dedetização, Portaria, Vigia e dos Cabineiros de Belo Horizonte – SINDEAC, indicando o início de uma greve geral, fruto de deliberação em Assembleia Extraordinária, que se iniciaria em 72 horas após comunicado oficial, ou seja na terça-feira, dia 30.
A diretoria do Sindilurb reuniu-se com o novo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, empossado no último dia 12, onde foi apresentada novamente a reivindicação, no intuito de evitar uma possível greve. Baccheretti, no entanto, reafirmou que segue as diretrizes do governo federal. O Secretário assumiu o compromisso de intervir junto ao Ministério da Saúde. O Sindilurb continua discutindo a proposta, buscando meios para garantir a imunização dos trabalhadores que operam na linha de frente dos serviços de limpeza urbana.
Para imunizar os profissionais do setor, com as duas doses da vacina, seriam necessárias 20 mil doses para os trabalhadores da limpeza urbana em Minas Gerais. “O Sindilurb compreende a importância da reivindicação, mas cabe aos governos atenderem à pauta. Nossa missão é atender às regulamentações junto às empresas do setor, pleiteando junto aos municípios. As empresas estão cumprindo em tudo que são exigidas pela lei para garantir a
segurança dos trabalhadores e de toda sociedade”, argumenta o presidente do Sindilurb.
O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, também defendeu o pleito dos profissionais da
limpeza pública, reafirmando que o setor faz parte da indústria. “Eu não somente concordo
com a inserção dos trabalhadores na lista de prioridades na imunização, como também vamos
ser mais um a defender esse pleito. Os trabalhadores da limpeza urbana também são
considerados trabalhadores da indústria, pois a reciclagem é industrial, porém estão na 29º
prioridade, a última do país. Depois que todos os outros 28 grupos de risco forem vacinados.
Eu acho que o pleito é legítimo já que a exposição é contínua ao lixo urbano, que a maior
parte hoje, pode ser considerada contaminada, pois tem um percentual significativo da
população infectada que está em casa, não só em hospitais”, salienta Roscoe.
Por fim, cabe ressaltar que a diretoria do Sindilurb está tomando todas as providências no
sentido de viabilizar a vacinação dos profissionais que trabalham na limpeza urbana, por se
tratar de um serviço essencial e integrante da linha de frente no combate à Covid-19.
Last modified: 30 de março de 2021
