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ESG: entenda esse conceito que afeta o mundo dos negócios

2 de setembro de 2021

Você já ouviu falar em ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance? Sabe o que esse termo significa?

ESG é uma sigla em inglês e que traduzida para o português, significa Governança Ambiental, Social e Corporativa. Em outras palavras, está relacionada às melhores práticas ambientais, sociais e de governança, focadas na questão da sustentabilidade, mas é importante ressaltar que, esse conceito engloba muito além das questões ambientais.

Esse termo tem ganhado cada vez mais visibilidade no mundo dos negócios e no mercado financeiro, com a incorporação de novas métricas que tem norteado as ações das empresas. No Brasil, o movimento do ESG ainda está em desenvolvimento e, portanto, algumas empresas estão em processo de adaptação.

Mas esse movimento é cada vez mais crescente, sendo que alguns acontecimentos como: a pandemia da Covid-19; a tragédia na cidade de Brumadinho envolvendo a mineradora Vale; o crescimento dos incêndios na Amazônia e o vazamento de óleo na costa brasileira, reforçaram a importância da implementação de práticas ESG.

O conceito ESG tem grande impacto em como uma empresa é vista no mercado e isso afeta os investimentos. As corporações que adotam essas práticas se tornam mais atrativas para os investidores e se mantêm competitivas no mercado. Cada vez mais as corporações estão sendo cobradas pela sociedade a adotarem práticas ESG, além disso, os consumidores estão mais atentos à questão da sustentabilidade, preocupados com os impactos dos processos produtivos e interessados em comprar produtos daquelas empresas que atuam de maneira mais responsável.

Dessa forma, os impactos sociais e ambientais passam a fazer parte da estratégia da empresa, agregando valor para a marca. Com a implementação dessas estratégias, mais indicadores são levados em consideração para direcionar a atuação corporativa e não mais só o fator financeiro.

No que tange ao Meio Ambiente, as práticas do ESG envolvem o planejamento e desenvolvimento de ações alinhadas à sustentabilidade e preservação dos recursos. Fazem parte disso ações voltadas à redução da poluição do ar e da água, diminuição do aquecimento global, do desmatamento, descarte responsável de resíduos, entre outros.

Quanto ao Social refere-se às ações das empresas direcionadas às suas comunidades e também voltadas para boas práticas nas relações de trabalho, suporte aos colaboradores, desenvolvimento de projetos sociais, apoio e incentivo à diversidade, inclusão, ações culturais e várias outras ações para melhorar a sociedade como um todo.

quanto à Governança, envolve orientações, normas e processos que norteiam a empresa em suas relações internas e externas, envolvendo entre eles, processos mais transparentes e éticos, que contemplem inclusive, políticas anticorrupção.

Para que esse conceito ESG seja eficiente, todos os três critérios que ele engloba precisam ser trabalhados em conjunto.  O ESG é algo que envolve a toda sociedade e não abarca apenas as grandes empresas. Além disso, mais do que um indicador, uma métrica de avaliação e direcionamento, ele precisa se tornar uma cultura organizacional. Adotar práticas de ESG exige adaptação das corporações a processos mais sustentáveis e esse processo pode envolver também práticas ligadas à Economia Circular, o que é uma boa forma de atrair os consumidores interessados no consumo consciente, um público que é cada vez mais crescente. Com isso, o mercado e os investidores, passam a “filtrar” aquelas empresas que não estão alinhadas com as exigências da sociedade.

Segundo a mestre em Economia pela UFMG e doutora em Administração pela FGV, Maria Cecília Prates Rodrigues, os critérios que englobam a ESG não são uma tendência nova. Desde 1990, começaram a surgir vários movimentos corporativos com o objetivo de apaziguar as críticas sofridas pelas empresas, pelo fato de terem o foco apenas na lucratividade dos acionistas. Surgiram várias “ondas” do movimento da RSC (Responsabilidade Social Corporativa), porém com uma nova roupagem teórica. Mas na prática, não havia mudanças relevantes na atuação das empresas.

Ainda conforme Maria Cecília, contudo, o movimento do ESG tem grande chance de não ser apenas mais uma “onda”, pois ele parte dos próprios investidores das empresas, e não surge como um movimento em oposição a eles. Tudo isso, possibilita uma maior legitimidade e força a esse movimento. Se aplicados de forma cuidadosa e na medida certa, os critérios ESG têm muito a contribuir, caso contrário, também podem trazer efeitos prejudiciais a todos.

Elaborado por Aline Fonseca – Coordenadora do Programa PADES do SINDILURB| Revisão Andréia Araujo

 

Referências: 

Entenda o que é ESG e qual sua importância. Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/esg/>. Acessado em 01/09/2021.

O que é ESG e como afeta o mundo dos investimentos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pXdHmR6YmZw>. Acessado em 01/09/2021.

O que é ESG? | ExplicaADM #14. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JPdwEmghBUg>. Acessado em 01/09/2021.

RODRIGUES, Maria Cecília Prates. Quando os critérios ESG começam a prejudicar. Disponível em: <https://estrategiasocial.com.br/quando-os-criterios-esg-comecam-a-prejudicar/>. Acessado em 01/09/2021.

 

Last modified: 2 de setembro de 2021

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