SINDICATO DAS EMPRESAS DE COLETA, LIMPEZA E INDUSTRIALIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINAS GERAIS

ESTRATÉGIA | Out./2018: Será que os resíduos serão o nosso oceano azul?

23 de outubro de 2018

Será que os resíduos serão o nosso oceano azul?

Caro empresário, você já ouviu falar sobre a estratégia do oceano azul?

O Boletim deste mês pretende trabalhar este conceito, além de levantar importantes reflexões sobre o tema. Dentre elas a principal: será que estamos olhando para os resíduos como as oportunidades que eles representam?

Na contemporaneidade, os resíduos representam um desafio a ser gerenciado, e cada vez mais há uma necessidade urgente, com um olhar mais atencioso de todos os atores, governo, sociedade e setor privado, para a busca de soluções conjuntas.

Vivemos uma era que aposta na vida breve dos produtos, fabricamos produtos que são rapidamente substituídos por outros cada vez mais frágeis e perecíveis, e já não há mais espaço físico para depositar, reciclar os restos resultantes da quantidade de produtos que produzimos e descartamos.

Até aí temos um grande problema, que requer soluções responsáveis e sustentáveis que sabemos que levarão anos para acontecer. Será que estamos olhando para este problema relacionado aos resíduos com bastante atenção, cientes das oportunidades que eles representam para nossas empresas?

A primeira pergunta é: onde estão as fontes de inovação em nossa área de atuação?

Estou aqui para afirmar, sem sobra de dúvidas, que as inovações surgem de nossas dores e dificuldades. E os resíduos representam uma dor que impacta toda a sociedade global, requerendo soluções práticas, urgentes e sustentáveis. São o nosso oceano azul.

Os oceanos vermelhos representam todos os setores já existentes, ou seja, o espaço de mercado já conhecido, com suas fronteiras e regras competitivas definidas, onde as empresas tentam superar umas às outras.

Os oceanos azuis abrangem todos os setores não existentes, ou seja, um espaço ainda desconhecido. São espaços ainda inexplorados, pela criação de demanda e pelo crescimento altamente lucrativo. Neste oceano, a competição é irrelevante, pois as regras do jogo ainda não foram definidas.

Uma coisa é certa, sempre será preciso navegar com sucesso nos oceanos vermelhos, sem perder de vista os oceanos azuis.

Sempre será importante navegar com sucesso nos oceanos vermelhos, superando os rivais. Os oceanos vermelhos sempre importarão e sempre serão uma realidade inevitável da vida dos negócios. Mas, com a oferta ultrapassando a demanda em cada vez mais setores, a competição por uma fatia de mercados em contração, embora necessária, não será suficiente para sustentar altos níveis de desempenho. As empresas precisam ir além da competição. Para conquistar novas oportunidades de crescimento e de lucro, elas também precisam criar seus oceanos azuis. (KIM; MAUBORGNE; 2005)

Voltando a pergunta inicial, nosso segmento apresenta muitas possibilidades de novos negócios. A própria Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, instituiu várias obrigações aos diversos setores e sociedade, que resultou em grandes oportunidades para nosso segmento. Mas há muito ainda a ser explorado e muito a avançar. Precisamos olhar para os resíduos como fontes de inovação, crescimento e lucratividade.

Para que isso aconteça é preciso investir em pesquisa e desenvolvimento, é preciso buscar conhecimento, que é a base da inovação. Aí lhe pergunto novamente: quanto tempo você tem destinado para tornar sua empresa inovadora e capaz de captar oportunidades?

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Elaborado por : Aline Fonseca – Coordenadora do Programa PADES Desenvolvimento

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Referências
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R.  A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro, Campos, 2005.

Last modified: 23 de outubro de 2018

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