SINDICATO DAS EMPRESAS DE COLETA, LIMPEZA E INDUSTRIALIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINAS GERAIS

Salário monetário e salário emocional

19 de agosto de 2021

Receber uma remuneração justa pelo trabalho, por si só, já não é mais suficiente para atrair e reter talentos em uma organização. Além de uma boa remuneração, as pessoas também buscam por outros fatores de motivação no trabalho. Dessa forma, para além do salário monetário, que é o recebimento em dinheiro pela execução do trabalho, existe um outro tipo de salário, que complementa a remuneração econômica e está relacionado à qualidade de vida e à satisfação do colaborador, é o chamado salário emocional. Algumas vezes, ele pode até valer mais do que dinheiro, uma vez que o seu valor é subjetivo, contudo, não substitui uma boa remuneração, sendo necessário, portanto, o equilíbrio entre ambos.  

 Segundo Maria Elizundia, mexicana especialista em Recursos Humanos,

“o salário econômico é a base, mas tudo o mais tem que ser adicionado a essa equação, todos aqueles elementos que ajudam você a crescer pessoal e profissionalmente. Esse é o salário emocional. Ele reúne todos os elementos que vão influenciar suas decisões no trabalho, como você se relaciona e todos os seus comportamentos”. 

Nesse sentido, se apenas a remuneração em dinheiro não é motivadora e nem suficiente para reter uma pessoa no trabalho e fazê-la sentir-se satisfeita, é fundamental que as organizações busquem conhecer melhor o seu time de colaboradores e adotem estratégias que estejam alinhadas às suas reais necessidades e expectativas. Vários estudos já comprovam que trabalhadores felizes e motivados entregam melhores resultados e costumam ser mais leais à empresa. Essa satisfação se reflete também no relacionamento do colaborador com os colegas de trabalho e com as lideranças.

Muitas empresas já perceberam a importância de se valorizar o capital humano e cada vez mais, buscam criar incentivos que sejam motivadores para além da remuneração, um ambiente de trabalho mais agradável e que promova qualidade de vida aos seus colaboradores. Assim, para além dos benefícios adquiridos e garantidos por lei, algumas empresas já oferecem aos seus trabalhadores a possibilidade de horários mais flexíveis, folgas, modelo de trabalho híbrido, creches para os seus filhos, benefícios sociais, espaços de lazer dentro da empresa, oportunidades de desenvolvimento e crescimento, planos de carreira, maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Esses são alguns exemplos de fatores que podem constituir o salário emocional. Através dele, a organização demonstra o quanto ela valoriza o trabalho dos seus colaboradores. Por isso, é importante que cada empresa, através de um processo de análise e planejamento, e de acordo com a sua realidade e expectativa dos seus colaboradores, defina o seu salário emocional, aquilo que irá agregar valor a todos. Ter uma rotina de feedbacks e maior proximidade dos gestores e líderes com as equipes de trabalho é um fator importante nesse processo.

Para a implementação do salário emocional é necessário um trabalho em conjunto entre gestores e o RH e que a empresa reconheça a importância de se investir no capital humano. Investimento esse que, muitas vezes, pode demandar gastos financeiros por parte da organização, contudo, é um investimento que retorna posteriormente em resultados positivos que o salário emocional proporciona à organização como: maior engajamento dos colaboradores, melhor clima organizacional, aumento de produtividade, redução da rotatividade, retenção dos bons talentos. 

Elaborado por: Aline Fonseca | Revisão Andréia Araújo

Referências: 

https://www.contabeis.com.br/noticias/46103/salario-emocional-conheca-10-fatores-que-definem-a-remuneracao-alem-do-dinheiro/

https://www.linkedin.com/pulse/voc%C3%AA-sabe-o-que-%C3%A9-sal%C3%A1rio-emocional-beatriz-galv%C3%A3o?articleId=6684555123064111104

https://blog.tangerino.com.br/salario-emocional/

Last modified: 19 de agosto de 2021

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